domingo, 28 de novembro de 2010

cenaaberta.com

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Cobertura "Rio contra o crime"

Posted: 27 Nov 2010 04:00 PM PST

Moro em Niterói, região metropolitana do Rio de Janeiro, e nos últimos dias estamos vivendo nesse estado de atenção. Pelo menos pra mim em especial está mais calmo, meu carro e de nenhum conhecido meu foi queimado, muito menos algum conhecido foi atingindo por bala perdida. Claro, estamos um pouco distantes do centro dos acontecimentos que é a Vila Cruzeiro e o Complexo do Alemão, mas nossa cidade é vizinha e sempre serviu de refúgio para traficantes que tiveram que sair de seus domínios por causa das instalações das UPPs.

Aqui em Niterói e São Gonçalo também tivemos alguns ataques com carros queimados e bastantes boatos infundados gerados por gente ignorante e desinformada, como o último em que diziam que 600 marginais explodiriam a Ponte Rio-Niterói e Barcas... Quem deixa que seus ouvidos sirvam como pinicos é uma grande chance.

Mas esse texto é para tentar explicar aos que moram fora do estado o que realmente vem ocorrendo, lógico há medo, mas não esse desespero todo como se vem alardeando. Estamos vivendo um momento ao qual sempre sonhamos, sempre, desde que me entendo por gente, ouço meus pais e pessoas mais velhas falando "põe o exército nas ruas que essa palhaçada vai acabar" e enfim chegou a hora. Acho que todos que moram aqui estão orgulhosos, precisamos passar pelo que está acontecendo porque todos os governos anteriores se mantiveram reféns e nenhum deles teve a ousadia que o governo Sério Cabral vem tendo durante esses 4 anos.

Me orgulho de ter reeleito essa pessoa, pode ter cometido alguns erros, mas como todos nós é humano. Em São Gonçalo se instalou a máfia das vans, pessoas eram mortas por lá na época do governo "garotinho". Sérgio Cabral teve a coragem de acabar com as vans de transporte irregular, aproveitando a situação, esse pessoal da antiga máfia vem colocando fogo em ônibus por lá. Quem não está a par dessas informações começam a espalhar opiniões e besteiras infundadas.

Quero através de esse texto parabenizar a Globo Rio pela cobertura, com imagens exclusivas, informações importantes a todo o momento, vários repórteres correndo atrás de novas informações. Consigo nítidamente ver a diferença entre a Globo e Record, vou ser criticado pelos fãs dessa emissora por isso, mas é ridícula a cobertura dada aos fatos pela Record. Todas as informações que conseguem e imagens ficam em looping de 5 em 5 minutos durante seus programas e telejornais, hoje pela manhã estava assistindo ao Hoje em Dia, e o próprio apresentador Celso Zucatelli, faz caras e bocas durante a transmissão querendo forçar a imagem de "hiper-preocupação" ou surpresa com fatos irrelevantes para que uma programação seja interrompida, como fizeram várias vezes durante uma entrevista, pararam a entrevista para mostrar uma van, um avião e informar coisas que já estão pra lá de batidas.

Os repórteres falam coisas óbvias e digo mais idiotas e os apresentadores fazem um drama tão grande que poderiam ser aproveitados na teledramaturgia da emissora, bons atores sendo desperdiçados.

Diferente do que falam não acho que a Globo esteja fazendo uma cobertura da desgraça, porque só se for desgraça do tráfico. E essa cobertura pra quem é daqui se faz mais do que necessária, nesse momento essas informações são obviamente mais importantes que a TV Globinho, Globo Esporte, Vídeo Show, Vale a Pena Ver de Novo, Malhação, TV Xuxa, Estrelas e Sessão de Sábado. Tô com a cobertura da Globo e não abro, fico bem longe da Record e sua cobertura carnavalesca e dramatizada.

* do internauta Ricardo Ferrarez

RJ: O novo-velho alvo do sensacionalismo desenfreado

Posted: 27 Nov 2010 02:00 PM PST

por Emanuelle Najjar

Para quem gosta de dizer que vivemos em uma praça de guerra, eis que temos agora um prato cheio. Esse prato também vale para aqueles que gostam da velha disputa regional. Duvido que alguém tenha passado incólume pelos acontecimentos dos últimos dias no Rio de Janeiro.

Troca de tiros, veículos incendiados, forças militares nas ruas, população com medo – como sempre – e manifestações de paz. Uma suposta continuação de Tropa de Elite embora na vida real e mais trocentos eufemismos e licenças poéticas que quiserem ter.

E no meio de tudo isso temos um prato cheio pra todo tipo de coisas na TV, especialmente em se tratando daqueles que tem na violência a garantia de sobrevivência. Sabe aqueles programas onde só falta o sangue escorrendo pela tela, onde apresentadores vociferam e rosnam diante das câmeras a falta de deus no coração das pessoas? É deles mesmo que estou falando, dos que transformam o mundo em não mais que uma grande e eterna desgraça e que agora tem do que realmente se aproveitar.

Quantos programas desses existem por aí? Quantos deles você conhece? Quantos deles existirão eternamente porque servem a atração urubuzenta e insaciável da desgraça alheia?

O sensacionalismo nunca teve tanto palco, as palavras gritadas no conforto de um estúdio provavelmente nunca surtiram tanta audiência. Nunca o telespectador ou o internauta falou tanto em pena de morte por exceção (???) e nem os andarilhos com plaquinhas de "o fim está próximo" pareceram tão certos.

Ah tá. Esqueci. Não  é sensacionalismo: é "prestação de serviço". É a divulgação para informação do telespectador, afinal se os grandes telejornais podem dar um grande destaque ao acontecido, por que não fazer o mesmo?

A diferença é  que a prestação de serviço não parece desejar o fim do caos, pois a promessa de boa audiência é grande. É preciso ter assunto. Quanto mais tempo falando de um único assunto, melhor. Quanto mais infortúnio melhor. A relação custo-benefício fala mais alto, é dinheiro fácil.

Prega-se paz, sobrevive-se do oposto. Nada mais clichê. Por otimismo que seja, uma hora o Rio terá paz mas sabe como é. Nada pessoal, mas tem sempre uma nova atrocidade ali adiante. E assim segue a nossa televisão.
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* Perfil: Emanuelle Najjar - Jornalista, formada pela FATEA em 2008, pesquisadora da área de telenovelas. Editora do Limão em Limonada (limaoemlimonada.com.br)

A violência no Rio assusta, mas não é de hoje

Posted: 27 Nov 2010 12:00 PM PST

Wander Veroni* 


Nessa última semana, os olhos do mundo se voltaram para o Rio de Janeiro. A cidade conhecida por ser o cartão postal do Brasil se viu sitiada por bandidos. Tudo começou quando criminosos armaram um ataque na rodovia Rio-Magé (BR-116), na altura de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, no fim da noite de sábado (20/11), em resposta à implantação das UPPs (Unidades de Polícia Pacificadora). Durante toda semana, a onda de violência continuou. Veículos foram queimados, cabines da polícia metralhadas e inocentes feridos em meio ao fogo cruzado.

Desde quinta-feira (25/11), a Polícia Militar tem concentrado a operação na Vila Cruzeiro, na zona norte do Rio, sob a liderança do Bope (Batalhão de Operações Especiais) e apoio das Forças Armadas. Foi exatamente nesse dia que uma cena impressionou o mundo: vários bandidos correndo entre os morros, fugindo da Vila Cruzeiro em direção ao Complexo do Alemão. A polícia acredita que 500 criminosos estão escondidos no complexo.

Pelo noticiário, a ação das autoridades é acompanhada como se fosse reality show. Ou melhor, um frame do recente "Tropa de Elite 2", como bem lembrou o jornalista @alerocha na sua coluna (http://colunistas.yahoo.net/posts/6692.html). Na película de José Padilha, as autoridades cariocas se encontram numa situação semelhante, onde a sociedade pressiona por uma resposta a onda de violência que se instalou. No filme, tanto a polícia, quanto a política local, estão entrelaçados com a criminalidade. Na vida real, temos a ligeira impressão, que as autoridades querem resolver o problema. Só espero que não sejam ações imediatistas, mas sim de longo prazo.

Ligeira impressão porque o problema do tráfico de drogas no Rio e o "poder paralelo" que existe nas favelas não é de agora. É antigo e existe há muito. Na falta de anos de ausência do Estado, o "poder paralelo do tráfico" criou novas leis, hábitos e uma população oprimida pela pobreza e pelo medo, afinal ninguém quer morrer em um "microondas" da vida.

Vendo as cenas do Rio de Janeiro, mais especificamente das ações de enfrentamento à  violência na Vila Cruzeiro, temos a certeza que estamos em uma guerra civil que não vai terminar agora, mas que exige um trabalho a longo prazo de transformar toda uma sociedade, passando pela política local, pela polícia e, principalmente, pela educação da sociedade. Ver as Forças Armadas na rua mostra o quanto a coisa é séria e que a polícia está falida. Não adianta clamar pelo Capitão Nascimento – nosso anti-heroi tupiniquim preferido do momento. O buraco é mais embaixo!
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*Autor: Wander Veroni, 25 anos, é jornalista pós-graduado em Rádio e TV, ambas formações pelo Uni-BH. É autor do blog Café com Notícias (http://cafecomnoticias.blogspot.com). Twitter: @wanderveroni / @cafecnoticias.

Nem o Rio nem o mundo estão lindos

Posted: 27 Nov 2010 09:32 AM PST

Desde que me conheço por gente não me recordo de um ano tão cheio de notícias ruins.

Tragédias naturais ou humanas, elas dominaram o noticiário. As formas mais asquerosas de violência vieram a tona, da possível morte de Elisa Samúdio que pode ter virado comida de cachorro, passando pelo pai que maltratava o filho recém nascido ou a monstra que agredia as crianças matriculadas em sua creche. Enchentes, incêndios, acidentes aéreos ou os mineiros soterrados no Chile.

Agora, novamente os olhares estão voltados ao Rio de Janeiro, aquele cuja música insiste em dizer que "continua lindo". Sim, as paisagens são belíssimas, mas a violência e o descaso do governo são cada vez mais evidentes.

Eu vejo o Brasil como o país do "empurra a sujeira pra debaixo do tapete e vamos ver no que dá". E vivemos em um ciclo: todo ano tem enchente, ataques de facções criminosas e caos aéreo.

E apesar das promessas de campanha, não vemos alguém de fato fazendo algo para mudar essas e outras situações. Aliás, até temos a sensação de que algo melhorou, mas, no caso de quem viaja de avião, basta uma data como o Natal para verificar que a situação é a mesma.

A violência urbana idem.

A polícia continua não sendo valorizada e sem receber o suficiente para justificar o risco que correm e, portanto, muitos preferem se aliar aos bandidos.

Bem, o drama de Cissa Guimarães foi mais uma prova disso.

Mas me vejo tão cansado que sequer tenho acompanhado o noticiário, estou me dando o direito de saber que as coisas não estão boas sem me aprofundar no assunto.

Fecho os olhos sim, porém faço isso lamentando, mais uma vez, que o ser humano esteja longe de aprender o significado da palavra respeito. Quando descobrirem, finalmente será a hora de desejarmos um mundo melhor.

Hoje é apenas um sonho distante.

* na imagem uma carta reproduzida pelo G1

Eu "pago um pau" por eles

Posted: 27 Nov 2010 07:57 AM PST


Estou aqui curtindo meu DVD Ao Vivo e Em Cores de Victor e Léo, ao mesmo tempo em que quero falar sobre o novo trabalho da dupla.

Sabe que o único DVD musical que eu tenho é deles? Eu odeio DVD, não compro. Não tenho paciência de assistir.

Mas o deles eu vejo, revejo, canto, me encanto. As músicas são todas lindas, as vozes maravilhosas... e já fui num show, não menos maravilhoso!

Hoje se tem um artista que eu "pago um pau", como dizem, ... bem, teria que ser no plural né? Victor e Léo, dois grandes artistas.
"Tem que ser vocês, sem razão, sem porque, sem ser necessário entender..."
Os admiro pelas letras que tocam lá no fundinho da gente, que saem, acredito eu, do "coração" de Victor Chaves - que não a toa bateu Chico Buarque e Roberto Carlos na arrecadação de direitos autorais.

Cantam suas próprias músicas e fazem isso de forma única: são poucos os que podem se gabar de escrever e realmente cantar - tem quem tenta.

Fora tudo isso - e mais um muito - admiro especialmente o quanto são humanos, o amor que demonstram ter um pelo outro. E isso emociona, de verdade.

Isso está no DVD, nos shows, nos programas em que se apresentam. Dias atrás se emocionaram e nos emocionaram no Faustão.

E falam de Deus, de amor... energia!

Quem tem o Ao Vivo e Em Cores em casa sabe do que estou dizendo. E estou me preparando para adquirir o novo lançamento da dupla... já ouviram? Boa Sorte... Rios de Amor!...

Rios de Amor, diria Hebe, é linda de viver, não? Vamos curtí-la nesse sábado?





* Clique aqui e saiba mais sobre Victor e Léo

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