domingo, 5 de setembro de 2010

cenaaberta.com

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Fórmulas prontas nem sempre são garantia de sucesso

Posted: 04 Sep 2010 06:00 PM PDT

Por Wander Veroni*  

A receita, aparentemente, é bem simples: comprar um formato consagrado em vários países e fazer a adaptação para o Brasil. Garantia de sucesso e respaldo de uma produção que já conhece todas as etapas de pré e pós produção. Para quê quebrar a cabeça com novas atrações? A chance de dar certo é bem maior do que de dar errado. Será? Neste segundo semestre, as principais emissoras da TV aberta resolveram apostar nesse filão como forma de dar um novo gás à audiência e o resultado ainda deixou muito a desejar em alguns aspectos.

É difícil avaliar se o público de realitys e games show saturaram. O fato é que está cada vez mais evidente é que as TVs estão cada vez menos preocupadas com o que o público pensa ou quer. Contanto que o programa em si tenha bom faturamento comercial, quem se importa com a audiência? De longe, é essa impressão que o telespectador fica, o que é muito ruim, para falar a verdade.

Gosto de reality e game show. Dependendo do formato, são programas universais. Exploram a competição, o drama, a torcida e  podem ser comercializados em várias plataformas, como TV, rádio, celular, internet e mídia impressa. Foram os realitys que mais abusaram do conceito de transmídia, principalmente o Big Brother Brasil.

Mas, confesso que estou perdendo a minha paciência com a TV aberta comercial. A falta de respeito com o telespectador, tanto em qualidade, quanto com o que é oferecido – o que já foi milhares de vezes debatidos aqui e em outros tantos espaços, tem me afastado dos realitys e games na televisão. Confesso que tentei assistir o "Busão do Brasil", mas o programa não tem um horário fixo na Band. Na internet – pelo menos no site da Band, só é possível assistir trechos e nunca o programa todos. O "Hipertensão" passa muito tarde. Para quem acorda cedo já é rifado logo de cara. Além do mais, o programa começou outro dia e ainda não é possível avaliar o quanto essa nova proposta sob o comando da jornalista Glenda Kozlowski ficou ou não interessante.

No final de setembro, a Record promete estrear o "A Fazenda 3". Pelo que já anda pipocando na mídia, o elenco de participantes parece ser o mais interesse de todas as temporadas e a produção parece que caiu a ficha para a importância do fator "novidade" para que o programa emplaque. Mas, quando falamos em Record, fica difícil avaliar porque a emissora é campeã da grade instável. Façam as suas apostas por quantos horários diferentes a Fazenda vai passar? Na contramão dos realitys, temos o game "Topa ou não Topa", no SBT, que reestreou sob o comando do Roberto Justus sendo uma opção interessante para quem quer fugir do futebol às quartas. Já a RedeTV! estreou o "Último Passageiro", com Mário Frias, que lembra muito aquelas gincanas que o SBT fazia na década de 1990. Ou seja, nada de novo: só o mais do mesmo repaginado.

Ao avaliarmos os programas, o fato é que eles são opções interessantes e ainda podem ter sobrevida por alguns anos. Mas, por quanto tempo? Entretanto, falta das emissoras de TV mais jogo de cintura e ouvir o público a respeito do horário em que as atrações vão ao ar e, principalmente, convidar o público a fazer parte da atração em si. Com a força das redes sociais que temos hoje, é impossível pensar em TV de uma forma passiva entre produtores e público. O elo precisa ser fortalecido, pois a TV que conhecemos hoje está cada vez mais perto do fim.
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*Autor: Wander Veroni, 25 anos, é jornalista pós-graduado em Rádio e TV, ambas formações pelo Uni-BH. É autor do blog Café com Notícias (http://cafecomnoticias.blogspot.com). Twitter: @wanderveroni / @cafecnoticias. 

Tudo termina em Big Brother Brasil

Posted: 04 Sep 2010 02:00 PM PDT

Os programas de realidade viraram uma febre no Brasil desde o surgimento do fenômeno No Limite que ostenta apenas a primeira edição como um tremendo sucesso, assim como a Casa dos Artistas, que veio na sequência.

Depois o único sobrevivente, sucesso de público e de merchandising, continua sendo o Big Brother Brasil. Não a toa todos querem ser como o BBB.

A Fazenda, Busão do Brasil... e até programas do núcleo do diretor Boninho: o reality que confina pessoas comuns em uma casa virou espelho para atrações como No Limite e HiperTensão. Além disso, ele tenta aplicar alguma coisa do reality em outras produções que dirige.

A criatividade no segmento é zero. Mas há um porém: todos tentam, inclusive o próprio Boninho, porém nenhum dos programas consegue ter a mesma pegada e repercussão. Nadam, nadam e morrem na praia.

E a verdade é uma só: pra que ver uma cópia do Big Brother Brasil quando você pode esperar um pouquinho mais e curtir o original?

É aquela velha história: o povo de TV tem preguiça de pensar e, como se não bastasse o fato de comprar o formato lá de fora, ainda são incapazes de torná-los atrativos por conta própria ao invés de seguir copiando.

Ou seja, Chacrinha continua certo, décadas depois: nada se cria, tudo se copia.

O Reality Show e a grande realidade...

Posted: 04 Sep 2010 12:00 PM PDT

É, o tema dessa vez é Reality Show. E antes que eu comece, devo dizer uma coisa.

Eu ODEIO reality shows.

Sim, eu sou chata. Não tenho nenhum motivo aparente para tal. Talvez seja a falta de paciência mesmo, nem tento mais adivinhar.

Não que eu nunca tenha curtido. Para falar a verdade, assisti a primeira temporada de Casa dos Artistas, no SBT e a primeira vez do No Limite e isso tem muito tempo. Quanto aos BBBs da vida, fiquei sabendo o quanto se pode saber assistindo chamadas durante os intervalos comerciais.

Ah, e só  pra constar: hoje – data em que estou escrevendo esse texto - é quinta feira, 23h 47min e estou assistindo Ídolos na Record. Não, não que eu realmente veja. Estou esperando House começar. Você lerá esse texto apenas no sábado, mas creio nesse meu programão noturno como um detalhe importante.

E mais uma coisinha: Ídolos me deixa tremendamente impaciente. Não pelo júri do mal, como muitos poderiam apontar e adoram odiar. Meu problema é  com o Rodrigo Faro mesmo... Ô CARA CHATO! Ele realmente consegue a incrível façanha de levar o programa ao limite do porre.

Depois de seis parágrafos, e partindo da premissa de que não gosto desse tipo de programa, devo dizer que não vejo graça na maior parte do que tenho visto em termos de Realities. Nem tentei saber mais sobre Busão do Brasil, ou Hipertensão, ou novas temporadas do que mais possa ter ressurgido.

A coisa mais interessante – para o bem ou para o mal – que vi até agora é "My new BBF" da Paris Hilton que se destina a encontrar seu novo "melhor amigo" ou seja: treinar um bom capacho.

No fim se trata de apenas mais do mesmo. Um show de rostinhos e corpos bonitos, anônimos ou subcelebridades dispostos a muita coisa por quinze minutos de fama e alguma grana no banco mas com muito a ensinar sobre natureza humana e seus limites.

Ok, mais pelas bundas que pelo lado filosófico. No fim o importante é ter audiência, não é?


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* Perfil: Emanuelle Najjar - Jornalista, formada pela FATEA em 2008, pesquisadora da área de telenovelas. Editora do Limão em Limonada (limaoemlimonada.com.br)

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