quarta-feira, 15 de junho de 2011

cenaaberta.com

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Depois de anos tentando, Globo acerta no cardápio de series

Posted: 11 Jun 2011 04:00 PM PDT

*Por Wander Veroni

O brasileiro ama teledramaturgia. Não é à toa que as novelas são, desde os primórdios da TV aberta, as maiores audiências entre os telespectadores. No entanto, o formato de série é mais recente do que o de novelas. Ainda estamos caminhando, ao contrário dos Estados Unidos que ficou especialista no assunto. Creio que o Brasil (ao lado do México) é especialista em novela. Depois de vários anos tentando, finalmente a TV Globo acertou no cardápio de séries desta temporada.

Gosto de séries. Sempre gostei, principalmente as americanas. Acompanhei (e acompanho) um monte. É um formato mais objetivo e que permite muitas possibilidades. A TV Globo mesmo já produziu mini e macrosséries excelentes, inclusive. Teve Malu Mulher, Anos Rebeldes, Mulher, A Casa das Sete Mulheres, A Cura, A Muralha, As Cariocas, Antônia, Cidade dos Homens, Força-Tarefa, Sai de Baixo, Toma Lá, Da Cá, só para citar alguns exemplos. Teve muitas experiências marcantes não só na emissora carioca, mas em outros canais. No entanto, muitos projetos não foram adiantes e se tornaram esporádicos. Também já teve séries, na própria Globo, que foram canceladas pelo fator audiência, como no caso de Norma, Batendo o Ponto, Aline e SOS Emergência. Diferente de A Grande Família, série semanal que está a uma década no ar e, ao que parece, ganhou um fôlego interessante neste ano.

Em 2011, Record, Band e Globo resolveram apostar mais no formato. Os bispos resolveram investir em minisséries bíblicas: poucos episódios, elenco enxuto e a carteira aberta para desembolsar o que fosse preciso na parte de artes visuais e acabamento final. Já a emissora do Morumbi, ainda não estreou nenhuma, mas é sabido que ela irá se associar a produtoras independentes para a realização das produções. Mas, o grande destaque, fica para a Vênus Platinada que abriu um espaço interessante na sua grade – na chamada segunda linha de show, como há muito tempo não se via.


Inclusive, a Globo pretende estrear, em breve, na faixa das 22h, a macrossérie O Astro, baseado na novela de Janete Clair e Lauro César Muniz (atual autor da Record), exibida originalmente em 1978, na TV Globo. O remake será feito para comemorar os 60 anos de televisão no Brasil, cuja adaptação será feita por Alcides Nogueira e Geraldo Carneiro, sob a direção de núcleo de Roberto Talma.

Mas, enquanto O Astro não chega, arrisco a dizer que, neste primeiro semestre, Divã, Mulher Invisível e Tapas e Beijos são gratas surpresas, por apostarem no popular, sem ser popularesco. Há ainda Lara com Z e Macho Man que – apesar de um texto bem seguro e atrativo, parecem homenagens aos seus protagonistas na vida real. Derivados de filmes, Divã e Mulher Invisível se mostram, já no formato de série, muito melhores do que quando as histórias foram levadas às telonas. Divã, sob a liderança interpretativa de Lilian Cabral, mostrou-se uma série humana e engraçada.

Os dramas de Mercedes (Lilian Cabral), divorciada e voltando à psicanálise, é tão comum que faz com que não só as mulheres, mas os homens se identifiquem com as histórias e aventuras da artista plástica. Cabe também um parabéns especial ao elenco, direção e, principalmente, ao roteirista Marcelo Saback (que já atuou em várias novelas como ator) pela sensibilidade de misturar drama com humor na medida certa. Ele é uma grande revelação como autor! A Globo deveria investir mais nele! Pena que por conta da próxima novela das 9, Lilian Cabral esteja impedida de realizar, ao lado da equipe, a segunda temporada de Divã. Torço para que ano que vem, após o final da novela, a Globo retome o projeto e faça mais temporadas.



E por falar em séries, lembro-me que no final da década de 1990, o sumido autor de novelas das 7, Carlos Lomabardi, foi um dos pioneiros em levantar a bola das séries – e um dos que mais mostrava entusiasmo na mídia, para que a Globo abrisse espaço para este tipo de produção, não só a de temporadas, mas as esporádicas. Hoje vejo que Lombardi não estava errado. As séries, economicamente falando, são mais baratas que as novelas e dão menos trabalho. Além disso, são um formato interessante para exportação. Não que as novelas sejam ruins. São formatos diferentes. Ponto. Há espaço para as duas. Como disse, o brasileiro ama novela! Mas é bom para o público e para os roteiristas conferirem outros formatos que dão mais liberdade e agilidade à trama. A cabeça agradece a diversificação e, acima de tudo, a criatividade.

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*Autor: Wander Veroni, 26 anos, é jornalista pós-graduado em Rádio e TV, ambas formações pelo Uni-BH. É autor do blog Café com Notícias (http://cafecomnoticias.blogspot.com). Twitter: @wanderveroni / @cafecnoticias.

E quem foi que disse que brasileiro não sabe fazer séries?

Posted: 11 Jun 2011 12:00 PM PDT

Durante muito tempo e muitas tentativas, um dos mitos populares praticamente consolidados a respeito da TV era a de que brasileiro não sabe fazer séries. Tudo bem quanto às minisséries, tudo ótimo quanto às novelas, embora atualmente haja lá as suas ressalvas, mas de fato as séries nunca foram mesmo o nosso forte, porém as coisas parecem ter começado a mudar.

Há algum tempo há um nítido esforço em fazer com que elas aconteçam, mesmo que não sejam o carro-chefe da programação. O lançamento da atual safra de série veio com direito a honra e destaques. Muitas estreias e expectativas, algumas baixas e algumas consagrações. Quanto as baixas – justas ou não – não há grande serventia em chorar pelo leite derramado, mesmo porque as consagrações parecem superar a sensação de injustiça.

A respeito da nova safra, Divã foi realmente um bálsamo em meio as boas e más estreias que tivemos por aqui. Uma boa promessa recente é "A mulher invisível" que ainda merece o benefício da dúvida por até esse momento ter sido exibida apenas um episódio, porém apresentou um texto muito interessante, o que é um grande diferencial.

Parece pouco, mas apelando para a memória podemos perceber um novo modo de fazer. Se antes as séries globais eram exibidas o ano todo, agora estamos falando em temporadas: um jeito mais econômico e seguro de sentir a repercussão do telespectador e cuja tesourada em caso de baixa não deixa tantos ranços, mágoas e memórias. Talvez por isso agora seja possível falar em sucessos e acertos afinal esse modus operandi é bem próximo ao molde americano, onde as séries realmente fazem sucesso.



Da última safra, Tapas & Beijos e Divã com certeza são o que há de melhor e tem tudo para se juntar a galeria daquilo que deu certo: Sai de Baixo, Mulher, A Grande Família, Os Normais, Força Tarefa e A Cura, que recentes ou não, permanecem na memória do público. E a torcida é para que esse hall possa aumentar, afinal a carência e a fome de ficção e fantasia do telespectador é imensa, mesmo que este não assuma e se diga contra qualquer coisa que haja além do telejornal e dos documentários. E quer saber? Gente nesse time é o que não falta...

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* Perfil: Emanuelle Najjar - Jornalista, formada pela FATEA em 2008, pesquisadora da área de telenovelas. Editora do Limão em Limonada (limaoemlimonada.com.br)

Globo: agora não só apenas novelas, canal domina também no segmento séries

Posted: 11 Jun 2011 08:49 AM PDT

Desde o ano passado é notável o avanço da Globo no segmento séries.

E bem verdade que não é de hoje que a emissora produz seriados e se dá bem com eles. Já veiculou grandes sucessos como Sai de Baixo, Os Normais e A Grande Família, a última no ar há dez anos e ainda com índices expressivos de audiência.

No entanto, agora aposta em temporadas, formato bastante explorado pelos americanos.

Os programas não são mais exibidos durante o ano inteiro. Encomendam alguns episódios, dependendo da recepção do público, a temporada é aumentada e, também seguindo o padrão americano, são canceladas caso registrem baixa.

É falta de respeito quando isso acontece?

Não vejo dessa forma, pois série não é como novela ou minissérie que tem continuidade. Óbvio que os fãs ficam a ver navios, mas, quem gosta das produções americanas já está até calejado. Passam o facão sem pensar duas vezes!


E a questão, devo dizer, é que esse reconhecimento por a emissora estar batendo um bolão com o filão vem do fato de em único ano apresentar diversas opções.

Ano passado foram diversos os acertos: Força Tarefa e A Cura, as melhores, e Separação e A Vida Alheia, outras que fizeram diferença.

Em 2011 Tapas & Beijos e Divã são os grandes acertos. A Grande Família voltou a fazer sorrir e Macho Man as vezes consegue um sorriso amarelo - essa poderia ser bem melhor, mas ...

Ou seja, se o forte da Globo sempre foram as novelas, hoje ela domina ainda mais no quesito dramaturgia.

Quem sai ganhando com tantas opções é o telespectador que mais do que nunca está ditando as regras.

Se é bom, fica, se não é, bora pensar em outra opção.

É a fábrica de sonhos trabalhando como nunca!
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