domingo, 18 de julho de 2010

cenaaberta.com

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100 Questions: Acabou-se o que era doce? (1X06)

Posted: 17 Jul 2010 06:00 PM PDT

A pergunta/título tem dois sentidos.

O primeiro é: vai ter continuação após uma temporada tão curta com apenas seis episódios? No Wikipedia há informações sobre dois novos episódios, mas e aí?

Já o segundo sentido diz respeito a qualidade do texto. Cadê aquela série bacana, super recomendada por esse espaço e garantia de muitos risos?

Do quarto episódio em diante só vi o nível caindo, caindo, tanto que nem me preocupei em correr para ver o último disponível. Deu preguicinha.

E ao assistir veio um sentimento de que eu realmente não estava perdendo nada.

Me fez lembrar de Toma Lá, Dá Cá, que eu super adorava e que nem fiz questão de continuar seguindo apenas por seguir, já que a graça tinha acabado.

Pra não falar que não ri, dei um sorrisinho com o "trikobunda" enquanto Charlotte fazia yoga. E meio sorriso enquanto ela e o rapazinho comiam cenoura, e só.

Diante disso a minha torcida por uma sequência é zero, brochei.

Ponto de Vista: Estamos bem servidos, não é mesmo?

Posted: 17 Jul 2010 04:00 PM PDT

Achei curioso escrever no Ponto de Vista da semana passada sobre a queda da audiência televisiva quando na verdade as previsões indicavam que quem sairia de cena seriam os jornais e as emissoras de rádio.

E no início desta semana fomos surpreendidos com o anúncio do fim da versão impressa do Jornal do Brasil, um dos maiores veículos de comunicação de nosso país. O motivo? Dívidas e queda de tiragem.

Porém, ao mesmo tempo, será mesmo que é uma atitude equivocada do JB se dedicar exclusivamente ao portal de internet? Não acho.

A cada dia que passa novas residências passam a contar com computadores e acesso ao mundo online, mesmo que através de uma conexão discada. Além disso, existem os que tem a liberdade de utilizar a internet em seu trabalho, escolas, bibliotecas ou em uma lan house.

E isso tudo justifica e muito a queda nas vendas de um veículo impresso. Eu, por exemplo, mesmo como jornalista não compro um jornal, acho sujo. Também não compro revistas, vejo como um acumulo desnecessário de papel dentro de casa. Prefiro mil vezes acessar os portais dos principais veículos de informação do país.

Acredito que seja uma tendência, porém, ao mesmo tempo vejo que não deixa de ser uma surpresa quando uma empresa do porte do Jornal do Brasil anuncia estar "fechando as portas". A migração para o online tem uma consequência: muitas pessoas vão perder o emprego.

Ainda nesta semana outra triste notícia para o jornalismo: censura na TV Cultura. De novo.

Vocês se lembram do caso Salete Lemos, demitida por um comentário feito sobre instituições bancárias? Agora foi a vez de Gabriel Priolli e Heródoto Barbeiro, afastados, segundo consta, por ordens vindas do governo. Em ano de eleição.

Muitos cobram imparcialidade no jornalismo. É difícil, bem difícil.

Primeiro porque cada jornalista tem um olhar sobre determinado fato, um olhar pessoal. Segundo porque ele pode até querer ser imparcial, mas essa imparcialidade vai até a página dois, dependendo de algum acordo estabelecido entre a empresa em que trabalha e terceiros.

E como a imprensa precisa de dinheiro para trabalhar e como vimos logo acima a tiragem dos jornais está caindo...

É, tem bastante gente vendida por aí. Durmam com mais essa.

Pra encerrar, Salete Lemos disse o seguinte ao Comunique-se logo após sua demissão:

Não sei o que a elite e o poder esperam dos jornalistas. Ou todos os jornais estão vendidos ou não sei o que está se passando. Não há qualidade, nada que dê respaldo a crítica. Está complicado trabalhar. A independência editorial que eu aprendi a fazer com o Boris [Casoy] por 12 anos, a crítica, a conscientização, nada disso é feito. Estou perdida no mercado. Preciso ir para a Argentina
Estamos bem servidos: de um lado uma imprensa nojenta que envereda para o sensacionalismo, do outro a imprensa calada.

Ponto de Vista: O Apocalipse da imprensa brasileira?

Posted: 17 Jul 2010 03:00 PM PDT

*por Emanuelle Najjar 

Alguns dizem que a mídia está vivendo tempos sombrios. Provavelmente estão certos. Os últimos acontecimentos não deixam mentir, e diante disso temos material suficiente para alimentar os pessimistas, realistas e os tragicômicos.

Jornal do Brasil e seu moderno retrocesso 

Se você  é um daqueles que gosta de alardear a extinção dos jornal impresso tem agora um prato cheio: o fim do Jornal do Brasil em sua versão em papel.

Sim, ele tornou-se exclusivamente virtual: um site de notícias como tantos outros. Justamente ele, que tem um passado de glórias e credibilidade. Um JORNAL, no amplo sentido que uma palavra escrita em CapsLock e negrito pode ter. Uma verdadeira instituição, que acabou afundando em dívidas, afinal o passivo de 100 milhões de reais não é atraente para nenhum investidor.

Em seu auge a tiragem era de 150 mil exemplares nos dias úteis e 230 mil nos domingos. Durante sua agonia, minguou 17 e 22 mil exemplares, fazendo com que, nas palavras do jornalista Fritz Utzeri, o JB virasse uma  "gazeta de bairro".

A mudança  anunciada por seu principal investidor, Nelson Tanure, busca um modelo dito "sustentável e inovador". A assinatura do conteúdo passa a custar R$ 9,90 em vez dos R$ 49,90 do impresso. E em seu fim, o Jornal do Brasil também acabou ficando marcado: é o primeiro jornal brasileiro a deixar o modelo de papel e se tornar 100% digital.

Interesses acima da informação 

Que foi? Não  é suficiente pra você? O que diria se houvesse uma chance de ver de perto como interesses alheios podem afetar os veículos de comunicação?

Na esfera televisiva, recentemente tivemos um pequeno escândalo desse gênero. Jornalistas da TV Cultura como Heródoto Barbeiro e Gabriel Priolli teriam sido afastados por pressão política. Nos bastidores da mídia afirma-se que a causa foi o questionamento sobre pedágios cobrados nas rodovias privatizadas do estado de São Paulo, um assunto aparentemente incômodo.

Heródoto Barbeiro, ex-apresentador do programa Roda Viva, teria irritado o candidato a presidência da República José Serra ao questioná-lo sobre o assunto durante entrevista. Já Gabriel Priolli teria sido afastado do cargo de Cordeenador de Jornalismo da emissora por ter sugerido uma pauta sobre os pedágios paulistas. A matéria já pronta foi derrubada e substituída por outra sobre a agenda dos presidenciáveis, mas sendo exibida no dia seguinte. E o destaque para este caso é que o jornalista ficou no cargo por apenas dez dias.

A TV  Cultura negou que Gabriel Priolli tenha sido afastado por essa razão, afirmando ainda que o jornalista foi remanejado para atuar na assessoria da vice-presidência de gestão da emissora, sendo que no cargo anterior ele apenas cobria o buraco deixado pela saída repentina de seu antecessor, Paulo Fogaça. Sobre a reportagem a respeito dos pedágios

A hipótese de uma interferência política não veio a tôa. De acordo com o site Comunique-se, as suspeitas se devem pelo fato de Serra ter indicado seu ex-secretário de Cultura, João Sayad para assumir a presidência da emissora, tendo assim grande influência em seus bastidores. A TV Cultura e José Serra negam qualquer tipo de interferência política na programação e nas pautas abordadas.

E o que de fato aconteceu, seja lá qual verdade for - interferência ou não - provavelmente nunca saberemos. Vivemos épocas onde não necessariamente as verdades predominam: afinal em época de eleição muitas coisas são ditas, refutadas, interpretadas de trocentas formas. E dá-lhe nota oficial...

2012 antecipado para a Imprensa?  

Quiprocó  danado, conclusão nenhuma... os visionários apocalípticos falam no fim do mundo em 2012. Se vamos ter o fim nessa data marcada eu não sei, mas que a imprensa já enveredou pelo caminho, já não resta a menor dúvida.


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* Perfil: Emanuelle Najjar - Jornalista, formada pela FATEA em 2008, pesquisadora da área de telenovelas. Editora do Limão em Limonada (limaoemlimonada.com.br)

Ponto de Vista – Fim do JB e demissões na TV Cultura

Posted: 17 Jul 2010 02:00 PM PDT

Por Wander Veroni * 

Um debate muito comum entre o meio acadêmico e os jornalistas profissionais é sobre o possível fim do jornalismo impresso. Há quem diga que não. O jornal impresso vai continuar. Deve, porque não? Tem espaço para todos. De acordo com os estudiosos de comunicação, o que vai mudar será a abordagem e o surgimento de novos modelos. O próprio iPad, no início do ano, deu uma animada na mídia impressa, nesse sentido. O impresso ganhou um novo gás com os tabelts e leitores digitais.

Porém, essa semana, uma notícia pegou todo mundo de surpresa: O Jornal do Brasil, mais conhecido como JB, um dos jornais mais antigos do Brasil, vai por fim na versão impressa, em setembro. O JB será apenas um jornal online e terá um modelo compatível ao iPad, Kindle, Nook, Mix e Libre, além de uma versão em e-paper, adaptável à tela do computador.

Isso é uma boa notícia? Vai dar certo? Só o tempo vai dizer. O fato é que essa "novidade" do JB é resultado de dívidas antigas do jornal, e não, necessariamente, um investimento. É mais uma tentativa de não acabar – totalmente, com o veículo. Além disso, outro fantasma assusta a redação do JB: as demissões. Com a redação da equipe focada no online e o fim da versão impressa, muita gente vai ser mandada embora. E quando jornalistas são demitidos, mais vozes que tem a missão de informar a sociedade são caladas.

E por falar em "cala-boca", existem algumas pessoas que ainda acreditam que demitir jornalistas é o meio mais eficaz de "tampar o sol com a peneira". Na TV Cultura, Heródoto Barbeiro e Gabriel Priolli foram demitidos por fazerem o jornalismo cidadão, crítico e que prestam serviço à sociedade. O fato é que não é demitindo jornalistas que os problemas sociais vão desaparecer. Isso é um engano. Eles continuam ali à espera de uma solução. Do outro lado do iceberg, a internet esta aí, livre e empreendedora. Graças à web, os jornalistas pensam e podem sair da mordaça criada pela publicidade e pela política. O jornalismo plural está apenas na internet, atualmente. O que é uma pena! Ainda bem que existe as eleições. E por mais utópico que isso possa parecer, é com o voto que podemos dar o primeiro passo para mudarmos algumas coisas. Pense nisso: não se deixe calar!

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*Autor: Wander Veroni, 25 anos, é jornalista pós-graduado em Rádio e TV, ambas formações pelo Uni-BH. É autor do blog Café com Notícias (http://cafecomnoticias.blogspot.com). Twitter: @wanderveroni / @cafecnoticias.

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