domingo, 15 de maio de 2011

cenaaberta.com

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Private Practice: Acho que vai para minha listinha de canceladas

Posted: 14 May 2011 07:00 PM PDT

Olha, Private Practice está bunda, bem bunda!

Como pode uma produção que em diversas ocasiões esteve melhor que Grey´s Anatomy e que começou uma excelente temporada com o estupro de Charlotte ter virado essa coisa tão passável?

Sério, até Addison está chata de doer com esse lado certinha. O lado devassa da ruiva começa a fazer falta porque ela era bem mais interessante... nem os amigos estão aguentando a mala.

E Violet? Estou torcendo para a louca matar e fazer sei lá o que com o corpo dessa aí.

Como pode essa fulana aconselhar pessoas? Aff

Sinceramente nada está salvando por ali.

Tô colocando em minha cabeça que verei a season finale e vou pular fora.

Tchau e bença!

O beijo gay e um problema que vai além das telas da TV

Posted: 14 May 2011 04:34 PM PDT

Mais uma vez a temática envolvendo a homossexualidade voltou com tudo. De um lado a aprovação tardia da união homoafetiva com direitos iguais aos dos heterossexuais.

Do outro, o beijo gay na TV.

E essas duas discussões sempre me levam a um único questionamento: o que as pessoas tem a ver com o que fulano faz de sua vida?

Se um homem quer beijar um outro ou se simplesmente as pessoas desejam viver em um bacanal, isso muda em que a vida de um outro alguém?

Eu disse no Twitter e repito: se as pessoas cuidassem mais de seus próprios casamentos e menos da vida alheia teríamos menos divórcios!

É uma coisa lógica, enquanto uns rateiam e fazem cara feia o povo tá é beijando móóóóinto e cuidando da pele! Quem tá errado?

Acho, inclusive, que essa temática se soma a discussão atual por conta das práticas de bullying que podem terminar em tragédia.

Quantas vezes só neste ano vimos que homossexuais foram agredidos na Avenida Paulista? E quantos outros perderam a vida unicamente por gostarem de alguém do mesmo sexo?

Eu acho que muito desse preconceito vem da falta de informação e, portanto, acredito que a sociedade deveria se unir. As escolas deveriam falar mais sobre o assunto e a TV poderia fazer bem mais que mostrar um simples beijo gay.

É preciso discutir, debater. Já é até tarde para isso, mas é bem melhor fazer isso agora que nunca.

É aquela velha campanha pela vida, eu cuido da minha e vocês das suas. Bora?

Beijo gay: um tabu a menos em uma sociedade repleta de preconceitos

Posted: 14 May 2011 12:30 PM PDT

Na última quinta-feira tivemos o que deu para chamar de momento histórico da TV brasileira. Refiro-me a isso porque aconteceu o que consideram ser "o primeiro beijo gay em novela". Controvérsias cá ou lá mediante datas e tentativas, ele finalmente aconteceu em "Amor e Revolução" escrita por Tiago Santiago, e a via crúcis a enfrentar para assistí-lo também foi digna de uma novela a parte.

Em primeiro lugar quero declarar que tio Sílvio Santos me fez passar uma tremenda raiva por ter me obrigado a assistir o capítulo no dia 11, para quando a cena estava prometida para descobrir que acabou sendo adiada para o dia seguinte como estratégia de audiência. Não que querer segurar seu público seja algo a ser condenável, mas o problema é a forma como tais estratégias são executadas. Mas tudo bem, tentarei esquecer essa parte da presepada e ir direto ao que interessa.

O beijo entre Marcela (Luciana Vendramini) e Mariana (Gisele Tigre) finalmente foi aquele que o telespectador quis ver e esperou por tanto tempo. Não foi bitoquinha, do qual temos aos montes e o suficiente para fazer clipes sobre o assunto e que tanto nos frustra. Foi um beijo com vontade, embora algo do texto e da interpretação que o antecipou e que o seguiu pudesse causar constrangimentos.


Foi uma bela jogada do SBT, que tinha mais a seu favor para lançar mão da quebra de tabus do que a Globo. Amor e Revolução é exibida em um horário que traz mais liberdade, em uma emissora onde o que mais se quer realmente é alavancar a audiência pois não há exatamente o que se possa chamar de um público fiel com é o caso da emissora líder. Também usou do recurso do fetiche por ter começado com o beijo de duas mulheres onde a rejeição não fala assim tão alto, embora haja a promessa também do beijo masculino. E assim começamos a quebrar mais alguns preconceitos. Tabus a menos, assim como alguns outros já foram quebrados recentemente.

Em termos de ficção, tivemos Tititi e o relacionamento de Thales e Julinho em que o amor foi mostrado por um outro prisma, de outras formas, com direito a declarações e gestos de carinho e que ainda teve o apoio do público. Na vida real, a união homoafetiva foi finalmente reconhecida com o status de união estável e, portanto tendo seus direitos e responsabilidades reconhecidas e estabelecidas. Tremendos avanços em uma sociedade civil embora a mentalidade de alguns possa ainda ser de uma estagnação ímpar. Não acho que seja preciso entrar em detalhes a respeito de políticos que julgam a Bíblia como sendo acima da Constituição, não é?

Seja onde for que tenha acontecido ou a forma como tenha acontecido esse beijo, é mais um passo na caminhada em favor do amor e da diversidade. Quem sabe possamos sonhar com um Brasil menos preconceituoso e mais justo? Afinal, uma parte do que se tinha como impossível aconteceu, não é mesmo?
  
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* Perfil: Emanuelle Najjar - Jornalista, formada pela FATEA em 2008, pesquisadora da área de telenovelas. Editora do Limão em Limonada (limaoemlimonada.com.br)

O beijo gay nas telenovelas não é mais tabu, mas sim o novo “quem matou”

Posted: 14 May 2011 08:37 AM PDT

*Por Wander Veroni 

Há quem diga que Tiago Santiago tem tido muita sorte com Amor e Revolução, exibida na faixa das 22h pelo SBT. Apesar da sua mais nova telenovela ter amargado o quarto lugar de audiência, com uma média de seis pontos de audiência, na Grande São Paulo, vira e mexe o folhetim – que tem como pano de fundo a ditadura militar, está na boca do povo. Seja pela qualidade duvidosa dos diálogos ou pelo tema que é de uma grandeza histórica única, Tiago Santiago conseguiu emplacar numa novela de época um debate muito significativo para os dias atuais: o amor entre iguais, no mês em que o STF reconhece a união homoafetiva como unidade familiar.

Nesta quinta-feira (12/05), Amor e Revolução entrou para a história da teledramaturgia brasileira por colocar no ar uma cena em que duas mulheres se beijam na boca, onde uma se declara para a outra que, até então, não havia tido uma experiência homossexual. O beijo entre as personagens de Luciana Vendramini e Gisele Tigre, na novela do SBT, quebrou um tabu entre os diretores de TV que acreditavam que a cena poderia chocar os telespectadores. Pelo contrário: a tão famosa cena colocou a novela nas principais rodas de conversa. Abaixo, confira a cena do beijo mais comentado da semana:




Há alguns anos atrás, a autora Glória Perez, da TV Globo, escreveu uma cena de beijo gay para a novela América (2005). Segundo a roteirista, a cena chegou a ser gravada, mas a direção da emissora optou por não colocá-la no ar, temendo uma rejeição negativa por parte do público. No entanto, essa semana, o SBT de uma forma ousada mostrou que o telespectador está pronto para o debate e que o "beijo gay" não é mais tabu, mas uma realidade que já acontece na nossa sociedade.

O ponto negativo desta história toda é que, mais uma vez, o SBT fez o público de trouxa, anunciando o beijo no capítulo de quarta-feira (11/05), inclusive com amplo destaque jornalístico no SBT Brasil. Porém, o beijo só foi exibido no dia seguinte, numa forma de atrair ainda mais atenção do público. Confesso que, como telespectador, não acreditei que o SBT colocaria um beijo homossexual no ar. Achei que seria, no mínimo, uma "bitoquinha". Mas me surpreendi pelo fato da cena não ser apenas um beijo, mas uma declaração de amor, por mais que a música de fundo e a perninha levantada soem cafona. Mas o amor não é isso: ser cafona? Então, está valendo. Ponto para o SBT e para o Tiago Santiago que entraram na campanha de promoção a igualdade.

Pode parecer utópico, mas arrisco a dizer que o "beijo gay" tem grandes chances de se tornar o novo "quem matou" das telenovelas – recurso usado pelos roteiristas para aumentar o interesse do público em relação à história. Ambos geram repercussão e são artifícios legítimos, porque não? No entanto, falando de modo realista, creio que o "beijo gay" de Amor e Revolução só foi possível e aceito por conta dos inúmeros personagens homossexuais da história das nossas telenovelas que, de um modo ou de outro, contribuíram para que o público compreendesse essa expressão de amor.


Arrisco a dizer, que o Thales e o Julinho de TiTiTi (2010) tiveram um papel importante por fazer o público torcer para que eles ficassem juntos no final da novela de Maria Adelaide Amaral. No remake das 19h, da TV Globo, não houve "beijo gay", mas muitas declarações de amor explícitas entre os personagens, o que já foi um grande avanço. A autora optou pelo caminho de mostrar a emoção, uma vez que até mesmo a classificação indicativa na TV aberta poderia ser contra e causar problemas para o folhetim. No entanto, Tiago Santiago tem o horário das 22h ao seu favor, além da liberdade editorial de Silvio Santos que quer mais números, além da repercussão da novela. Se Tiago conseguir repetir a façanha de Tititi ou reascender outros e importantes debates, já está valendo! Afinal, o mundo é grande e tem espaço para todo mundo. Viva a diversidade!

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*Autor: Wander Veroni, 26 anos, é jornalista pós-graduado em Rádio e TV, ambas formações pelo Uni-BH. É autor do blog Café com Notícias (http://cafecomnoticias.blogspot.com). Twitter: @wanderveroni / @cafecnoticias.

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