domingo, 6 de março de 2011

cenaaberta.com

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Qual o verdadeiro preço da fama?

Posted: 05 Mar 2011 03:30 PM PST

Fama, glamour e flashes: muitos passam a vida correndo atrás disso, crendo na fama como a verdadeira felicidade. E veja só como essa tal de felicidade é dúbia: quantos famosos andam "felizes" por aí ultimamente?

O caso mais recente é o do ator Charlie Sheen. Para quem não sabe, é o protagonista da série  Two and half man, ator mais bem pago da TV americana interpretando um papel que aparentemente é o seu próprio, mas ultimamente sua visibilidade não se deve ao seu desempenho mas sim aos seus problemas pessoais. Uma vida ultimamente regada a drogas e festas épicas com atrizes pornôs, além de um comportamento capaz de ameaçar a continuidade de uma série famosa e lucrativa.

Claro, ele não  é o único. Temos Lindsay Lohan com suas idas e voltas a delegacias, tribunais e clínicas de reabilitação, Miley Cyrus e alguns passinhos tímidos em experiências com drogas, Christina Aguilera, cujo currículo de escândalos ainda não chega nem perto do ideal nesse mundo... e sem contar a eterna diva e exemplo Amy Winehouse, cantora com uma lista sem fim de problemas com álcool, drogas e confusões envolvendo fãs e paparazzi.

Parece uma reação em cadeia, não? Um a um, parece que todos vão caindo na mesma armadilha. Parece um imã, uma atração irresistível. Há algo nesse mundo que fazem as pessoas pirarem e não é difícil entender a razão, pelo menos quando sua imaginação é boa o suficiente e suas ambições não incluem o mundo reluzente a ser reconstruído nessa jornada rumo ao desejado entendimento.

Soaria piegas dizer que ser o centro das atenções é capaz de enlouquecer qualquer um? Ok, claro que um frágil equilíbrio emocional ajuda pacas nessa hora, mas em um momento desses quem seria capaz de negar o elemento potencializador de momentos de glorificação?

A fama é cruel. Contrário daquilo que se imagina ser um sonho pois ao mesmo tempo que a mídia eleva, também provoca a queda esperada para mais cedo ou mais tarde, seja pela dita loucura ou pelo ostracismo. E tudo isso é aceito, glorificado. Sustentamos aquilo que leva muitos ao delírio, seja por mórbida curiosidade ou pelo urubu que existe em todos nós.

Uma vez escrevi um post no Limão em Limonada, chamado "Susan Boyle e a fama: não existe misericórdia", onde nos últimos parágrafos acabei escrevendo uma observação que talvez possa servir a este texto também.

"A fama tem seu preço. E um preço alto demais. Ainda assim há aqueles que continuam na mesma corrida louca, fazendo de tudo para ter os "cinco minutos de glória", torcendo para que sejam piedosos quando chegar a sua vez.

E mal sabem que não há misericórdia."

A loucura é atrativa, não? De uma certa forma ela também parece fazer parte do glamour, ou é encarada apenas como um simples preço a pagar. Algo de baixo custo se comparado a todas as "maravilhas" que a vida de celebridade pode proporcionar.

Sabe, eu entendo essas jovens celebridades que de uma forma ou outra estão chutando o balde. Claro, compreensão não quer dizer aceitação, mas sim entendimento. Não pelo glamour que a loucura humana possa ter, pois nem tudo que reluz é ouro, mas por entender esse ato de meter o pé como, quem sabe uma válvula de escape?

Ok, ineficaz, rápida, viciante a ponto de destruir muita coisa que haja no meio do caminho, porém lucrativos em termos de mídia, dependendo do ponto de vista. O retrato de alguém que enlouquece pelo peso da própria arte ou da fama sempre foi atrativo, desde que não leve ninguém a não ser a si mesmo nessa jornada paranoica.

O público costuma gostar, afinal os escândalos costumam ser encarados como prova de humanidade, de que aquele famoso pode ser tão miserável quanto aquele leitor que compra o tablóide e se mostra capaz de atingir a transcendência pela ruína alheia.

Pena que um retrato de humanidade pode sair tão caro para ambos os lados, já que nem muitos suportam o caminho de volta.

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* Perfil: Emanuelle Najjar - Jornalista, formada pela FATEA em 2008, pesquisadora da área de telenovelas. Editora do Limão em Limonada (limaoemlimonada.com.br)

Celebridades? Tá todo mundo doido!

Posted: 05 Mar 2011 12:00 PM PST

O bafafá da vez gira em torno de Charlie Sheen. Quer dizer, geralmente, quando tem um bafafá, o nome do ator está no meio.

Drogas, bebidas ou, quem sabe, sexo, drogas e talvez um pouco de rock´n´roll.

Charlie Sheen é basicamente um Charlie Harper bem mais doidão. Bem mais.

Mas também não dá pra negar que Harper provavelmente não existiria sem Sheen.

E ele é bom no que faz, mesmo que seja fazendo ele mesmo.

Não sou o tipo de pessoa que levanta uma bandeira anti-drogas. A minha bandeira é a do seja feliz do jeito que você achar melhor, desde que não prejudique outro alguém além de você.

Ora, se tirássemos todas as "doideiras", Elis, Cazuza e cia, continuariam sendo quem foram?

Ou parte desse talento se deve ao fato de que não são, digamos, "normais"?

O que eu acho, acima de tudo, é que é quase impossível não surtar quando se é famoso.

Cobrança de fãs, empresários, família, amigos e a cobrança da própria pessoa por ser melhor a cada dia, lutar para continuar fazendo sucesso e por se renovar pra não cair no esquecimento.

É uma vida de altos e baixos e, mesmo quando os altos prevalecem, porra, você nem pode sair nas ruas sem ser abordado por alguém, ou seja, dificilmente tem um minuto de paz.

E os amigos? Que amigos, aliás? Aqueles que estão atrás de você por seu status ou aqueles que te abandonam quando não está fazendo sucesso?

É uma discussão ampla, no entanto, como disse logo de início, se não prejudica outra pessoa, porque todo o drama?

O que nos diz respeito é o trabalho feito nos palcos ou estúdios, a vida pessoal dessas pessoas não interessa a ninguém. É o que eu acho e ponto.

Tô com o doidão do Charlie e não abro! \o/

Celebridades ensandecidas em busca da fama

Posted: 05 Mar 2011 09:00 AM PST

*Por Wander Veroni 

 Muito provavelmente esse tipo de notícia não acrescenta nada de útil na vida de ninguém. Mas, pelo fato do ser humano ser um curioso nato, as notícias que envolvem o mundo das celebridades sempre chamam atenção do público e, de certa forma, se conduzidas de uma maneira ética, podem até dar uma certa leveza aos noticiários. As maluquices de algumas celebridades se confundem, muitas vezes, com a página policial ou em manchetes sensacionalistas da imprensa marrom. Vendem revista e dão muita, mas muita audiência. Quem não gosta de uma polêmica que atire a primeira pedra?

No entanto, é  de se causar estranheza as loucuras que muitas celebridades fazem para ficar famosas, colocando em cheque o próprio trabalho. Ou ainda, artistas que "chutam o pau da barraca" para a fama e se envolvem em barracos e escândalos. Recentemente, os fãs da série "Two and a Half Men", ficaram desapontados com o comportamento aloprado do protagonista Charlie Sheen, que declarou usar drogas, promover orgias em sua casa com atrizes pornô, além de brigar publicamente com o produtor da série.


Cheen era um dos atores mais bem pagos da TV norte-americana e "Two and a Half Men" é um sucesso nos Estados Unidos e em vários países onde é exibida. Com as constantes loucuras e estrelismo do protagonista, a série foi cancelada. Dá para entender uma coisa dessas? Num último resquício de tentar não perder a visibilidade avassaladora que conquistou em meio a tantas polêmicas, Cheen entrou para o Twitter e conquistou mais de 1 milhão de seguidores em menos de 24 horas. Uma sobrevida fora da TV, no mínimo. E a lista de celebridades ensandecidas não para por aí: Ammy Winehouse, Lindsay Lohan, Britney Spears, Christina Aguilera, Whitney Houston, Joaquin Phoenix, etc. Cada um, a sua maneira, deu uma certa surtada e, depois de cair a ficha, tentam retomar ao estrelato. Uns até conseguiram, outros ainda lutam para se livrar do vício das drogas e do envenenamento do próprio ego.

Na TV, uma série que foi cancelada na segunda temporada, foi muito feliz ao retratar a indústria das celebridades e o mundo paralelo das capas de revistas sensacionalistas. A série "Dirt", protagonizada pela atriz Courteney Cox Arquette, vivia a jornalista Lucy Spiller que tinha uma rede de informantes e paparazzis que a ajudavam a criar novos escândalos a cada semana. Entre os críticos, há quem diga que Miguel Falabella se inspirou em "Dirt" para criar a série brasileira "A Vida Alheia", da TV Globo, que também falava do grotesco mundo das celebridades. E por falar no nosso "país de chuteiras", que leva à fama algumas "Maria-Chuteiras" ao título de "modelo-atriz-apresentadora", também temos as nossas celebridades "ensandecidas" pela fama.

Só que, no nosso caso, acontece algo que cabe uma reflexão ainda maior. Muitos pretendentes à celebridade acreditam que a vida pessoal escancarada nas páginas de revista e sites de fofoca, é mais relevante do que construir um trabalho sólido como ator, modelo, cantor ou personalidade. Se envolvem em escândalos amorosos e são flagrados por paparazzi em cenas, muitas vezes, articuladas por empresários ávidos por uma notinha. Geralmente, não são artistas. Querem apenas os 15 minutos de fama, mas não um trabalho artístico.


Há também aqueles que mostram uma total falta de personalidade diante da própria carreira. A cada trabalho uma nova proposta e uma tentativa desesperada de cativar outro público. Só para citar um exemplo, temos Wanessa (ex-Camargo?). Ela já foi do sertanejo ao pop. Já foi romântica, cantou hip hop e agora está num batidão eletrônico de olho no público GLBT. A cada novo álbum vemos uma nova Wanessa, inclusive no visual. Uma menina que tem um potencial vocal enorme, mas não tem personalidade musical. Num mudo que pede por novidade, creio que essas mudanças tão bruscas na carreira são prejudiciais à própria artista que não fideliza um público. Será que vale tudo para ser famoso?
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*Autor: Wander Veroni, 26 anos, é jornalista pós-graduado em Rádio e TV, ambas formações pelo Uni-BH. É autor do blog Café com Notícias (http://cafecomnoticias.blogspot.com). Twitter: @wanderveroni / @cafecnoticias.

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