domingo, 16 de janeiro de 2011

cenaaberta.com

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Como participar do Cena Aberta?

Posted: 16 Jan 2011 07:00 AM PST

O Cena Aberta é um espaço democrático onde o leitor tem total liberdade de interagir em nosso box de comentários ou através de críticas que poderão ser publicadas para agregar conteúdo ao site.

Esses textos são extremamente importantes porque visões diferentes colaboram e muito para nossos debates.

Para você participar do "Vc no Cena Aberta" é muito fácil, basta enviar um e-mail para blogcenaabera@gmail.com!

Participe você também!

Humanidade e Tragédia da Chuva no #RiodeJaneiro

Posted: 15 Jan 2011 03:15 PM PST

*Por Wander Veroni 

"O mundo parece que está acabando!". Essa foi a fala de um garotinho, morador da região serrana do Rio de Janeiro, que encerrou a reportagem de Bette Lucchese para o Jornal Nacional, da TV Globo, nesta quarta-feira (12/01). A sonora que poderia fazer parte de um breve povo-fala, apenas para ilustrar a matéria, me tocou. Sim, parece que o mundo acabou mesmo. É assustador! A natureza não está brincando em serviço! Impressionante o que a força da água é capaz de fazer. Rastros de destruição, tragédia e vidas que foram colocadas à prova ou se perderam. Parece cena de filme, mas é realidade: está tudo em estado de caos. Não há culpados, apenas vítimas.

Ao ver as imagens nos noticiários, dá para ter uma ideia da dimensão do desastre natural que atingiu as cidades de Teresópolis, Nova Friburgo, Semidouro, São José do Vale do Rio Preto, Bom Jardim, Areal e Petrópolis, que fazem parte da região serrana do Rio de Janeiro. O governador Sérgio Cabral decretou luto oficial por sete dias pelas vítimas das chuvas. Já o governo federal liberou recursos na ordem de R$ 100 milhões que serão usados para a compra de remédios, mantimentos, limpeza de ruas e na reconstrução das cidades.

A tragédia das chuvas na região serrano do Rio já é considerada a maior tragédia climática da história do Brasil. O número de vítimas ultrapassou o registrado em 1967, na cidade de Caraguatatuba, no litoral norte de São Paulo. Naquela tragédia, tida até então como a maior do Brasil, 436 pessoas morreram. No ano passado, de janeiro a abril, o estado do Rio de Janeiro teve 283 mortes – sendo 53 em Angra dos Reis e Ilha Grande, na virada do ano, 166 mortes em Niterói, onde se localizava o Morro do Bumba, e 64 no Rio e outras cidades atingidas por temporais em abril.

Até o momento, mais de 530 pessoas morreram vítimas da chuva nesta região fluminense, conhecida pelo potencial turístico e responsável por 70% da produção de hortaliças naquele estado. Atualmente, estradas estão interditadas. Mais de 40 mil pessoas estão sem energia elétrica e várias outras sem água potável ou estão ilhadas em locais de difícil acesso. Ao acompanhar os noticiários, não tem como se emocionar com personagens da vida que real que lutam para sobreviver diante de tanta tragédia.

Emocionei-me com a jovem que entrou em trabalho de parto e foi socorrida pelo Globocop. Com a senhora que se agarrou numa corda e, numa tentativa desesperada de salvar a própria vida, teve que se desfazer do seu cãozinho, no meio da correnteza. Da outra senhora que transformou a sua casa em albergue, numa tentativa de ajudar familiares e vizinhos que perderam tudo. Ela tem medo da noite e passa o dia vigiando uma pedra, no alto do morro, que pode rolar a qualquer momento. O mais curioso é uma outra senhora que, mesmo com o olho ferido, teve muita coragem de resgatar os netos da casa que foi completamente destruída pela chuva. É triste, porém filosófico. Do sufoco, do limite de tudo, ainda é possível ter força para recomeçar. É uma lição de vida!

A tragédia ensina o jornalismo a ser mais humano, e menos mercenário. São vidas, e não apenas números. Na cobertura de uma catástrofe há também gente desesperada que perdeu tudo e que precisa de ajuda, antes mesmo de querer ter algo em "primeira mão". É preciso ir além da pauta e ter um olhar mais humano, sem dúvida! Como jornalista, fico contente em ver que ainda existam profissionais preocupados com o valor humano, e não só com o Ibope. E isso faz toda diferença!

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*Autor: Wander Veroni, 26 anos, é jornalista pós-graduado em Rádio e TV, ambas formações pelo Uni-BH. É autor do blog Café com Notícias (http://cafecomnoticias.blogspot.com). Twitter: @wanderveroni / @cafecnoticias.

A tragédia da Região Serrana e a humanidade da mídia

Posted: 15 Jan 2011 12:30 PM PST

por Emanuelle Najjar

Em uma situação normal, diria-se que as notícias de enchentes e alagamentos são algo que se vê todos os anos. Porém, 2011 começou diferente, trazendo de imediato aquela que já é considerada a pior tragédia climática do país.

Em um acontecimento do qual não exatamente pode se chamar de tragédia anunciada – por mais em que alguns lugares isso seja realidade – já foram encontrados mais de 500 mortos. Uma estatística com números rasos, pois com a instantaneidade dos meios de comunicação não convém a um blog fazer tal contagem. O cenário do pesadelo foi a região serrana do Rio de Janeiro, nas cidades de Nova Friburgo, Itaipava, Teresópolis, Sumidouro, Petrópolis, São José do Vale do Rio Preto, Bom Jardim e Areal. Municípios devastados onde se precisa de tudo que se possa imaginar.

Mais do que simplesmente assistir a TV no conforto de sua casa e ouvir alguns entrevistados dizendo terem perdido tudo, como já virou um hábito do qual poucos sentem algo ao assistir. Trata-se de populações inteiras onde não há mais distinção econômica. Contrariando quem gosta de falar em "social" e promover uma separação imediata pelo suposto número de zeros em contas bancarias, a devastação foi democrática, atingindo tudo em seu caminho.

Tudo isso foi um material e tanto para os meios de comunicação que, diferente do velho estereotipo de exploradora da miséria alheia, puderam provar serem capazes de emocionar sem distorcer, sem espetáculo.

Na cobertura das chuvas, por incrível que pareça, não vi nenhum exagero. Nada com apelo humano além dos limites estabelecidos pelo bom senso. Todos os telejornais, especialmente o Jornal Nacional tiveram material suficiente para fazer seu público chorar sem que fosse necessário um apelo visível para tal. A tragédia em si era suficiente para qualquer comoção, sem nada que estivesse além da pura e simples realidade. Um cenário onde até mesmo os próprios repórteres conseguiram provar o que parecia muito indistinto para o público: sua própria humanidade.

Afinal eles também choram, se assustam, são feitos de carne e osso, por mais que ainda sejam capazes de perguntar para cada um dos desabrigados o que ele está sentindo naquele momento. Um velho clichê, ainda necessário, imerso em mais contextos do que nunca.

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* Perfil: Emanuelle Najjar - Jornalista, formada pela FATEA em 2008, pesquisadora da área de telenovelas. Editora do Limão em Limonada (limaoemlimonada.com.br)

Caos no Rio: Mais uma vez o ano começa triste

Posted: 15 Jan 2011 10:00 AM PST

De um lado repórteres dizendo que quem passa por Angra dos Reis tem a sensação de que o caos vivido naquela região ano passado parece ter acontecido ontem, nada foi feito para recuperar o local.

Do outro, uma nova tragédia, e com o maior número de mortos na história do Brasil. Novamente a chuva é a "vilã".

Será?

Assistindo ao Bom Dia Brasil vi que existem recursos do Governo Federal disponíveis para evitar tragédias ou para recuperar localidades destruídas.

Sabe por que não são repassados? As prefeituras não tem pessoas capacitadas para elaborar projetos e, sem projetos, as verbas ficam retidas.

Bem, é aquela velha história: contratam amigos e parentes e... bem, por isso não existem projetos!

O resultado é que Angra ainda enfrenta problemas e nada foi feito para evitar mais essa tragédia.

E o pior: foram avisados que uma forte chuva viria... a população não ficou sabendo para se prevenir!

Tem mais: as seguradoras não cobrem os danos quando você decide se colocar em risco.

Exemplo: você está de um lado, sua família do outro da enchente. Se você decide tentar salvar seus entes e perde seu carro... bem, problema seu!

As notícias, todas elas, não são nada animadoras, né? A gente vê as imagens do caos provocado pela chuva e quanto mais informações recebemos mais tristes ficamos.

Culpa de quem? Dos políticos? Das pessoas que moram em área de risco? De quem joga lixo nas ruas? De todo mundo?

Alexandre Garcia disse o seguinte: muitos políticos deixam os moradores em área de risco porque, se os proibirem de morar em certos locais, perdem votos.

O que fazer? Assistir tudo isso chorando pela dor dos outros, enviar doações ou... simplesmente vamos ficar quietos esperando pra conferir o "mais do mesmo" ano que vem?

Será que não está na hora da sociedade se unir?

São muitas as perguntas... infelizmente não tenho nenhuma resposta.

O que sei, é que enquanto assistimos, nós e os governantes - e enquanto alguns babacas espalham boatos de novos deslizamentos ou os que aproveitam para saquear casas - tem gente como a dona Lair, que quase perdeu a vida para salvar seu amado cachorrinho.

Alguém duvida que, além do vizinho de bom coração, tinha as mãos de Deus ali? Eu não duvido.

Mas acho que precisamos de mais pessoas como ela, gente que luta por sua vida, por quem ama... e que, apesar de tudo, ainda mantém a fé!

Que Deus abençoe todas essas pessoas vítimas das enchentes e deslizamentos, que suas almas descansem em paz e que os sobreviventes encontrem Nele a paz para conseguir superar esse momento e retomar suas vidas, do zero.

Aproveito para parabenizar, mais uma vez, o jornalismo da Globo. Repórteres em diversas localidades realmente informando... nada de notícias na base do grito ou jornalistas repetindo a mesma coisa o dia inteiro por audiência.

Só um detalhe: erraram, e erraram feio, em reportagem do Jornal Nacional quando diziam que Dilma Roussef se reuniu com ministros para tratar sobre a tragédia e mostraram uma imagem da presidente gargalhando. Podiam ter passado sem essa!

Claudia Leitte: CD da cantora é bem fraco

Posted: 15 Jan 2011 08:00 AM PST

Esse CD de Claudia Leitte já tem um tempinho que foi lançado. Ou muito tempo.


A questão é que tenho gostado de ouvir Famosa, apesar de preferir bem mais a versão original da música. Mas tem coisa que pega, né? Então.


Depois descobri Paixão, outra música que gostei. Aí falei: bem, acho que devo ouvir o CD inteiro, quem sabe descubro alguma outra coisa?


As Máscaras eu já não tinha curtido, achei muito, muito fraca para o carnaval. E aquele ha ha ha ha? Aff


Simpatizei com Don Juan, foi a única outra canção que achei interessante no CD.


Na sequência o sentimento foi o de "nossa, ela merecia coisa muito melhor que isso". É bem fraquinho.


Letras bem... eu diria, Kelly Key. Algo assim.


Já que as pessoas insistem em comparar Claudia Leitte com Ivete Sangalo, eu estabeleceria uma comparação com o último CD de estúdio da morena: o Pode Entrar ganha com muita, muita vantagem.


Diferente do Ao Vivo Em Copacabana que é bem, bem melhor!

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