domingo, 6 de fevereiro de 2011

cenaaberta.com

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Sexo, eu quero sexo, me dá sexo!

Posted: 05 Feb 2011 03:11 PM PST

Não, não fiquei louco. Como o assunto é sexo na TV, me lembrei da música do Ultrage a Rigor que tem esse trecho do título.

Acho que a partir de certa idade - cada um a seu tempo - todo mundo, ou quase todo mundo, passa a pensar em sexo. E o que vem depois? A prática.

Não adianta falar: nossa, mas falar de sexo é feio. Na hora da prática ninguém acha, né? Bom, estamos todos nós aqui, fruto do sexo. Ninguém veio por meio de uma cegonha!

A questão é que a cada dia novas formas de se praticar o ato sexual vão surgindo como swing, menage a tróis, masoquismo, fist e sei lá, coisas que até o capeta duvidaria, muitas vezes contando com brinquedinhos vendidos em Sex Shop - até o kama sutra já está bem velhinho!

Mas ainda é tudo meio escondidinho, apesar de "todo mundo" ter relações sexuais, acho que ao menos uma vez na vida. Depende do gosto do freguês, enfim.

No entanto, apesar de ser algo comum na humanidade, o sexo na TV não é tão liberal quanto nesse nosso veículo de comunicação chamado internet, onde encontramos de tudo um pouco.

É bem verdade que hoje temos algumas opções que falam sobre o assunto no televisor, contando agora com a recente estreia da segunda temporada de Amor & Sexo.

Mas, apesar de a Rede Globo ter falado de sexo anal em pleno horário nobre, ainda existe o veto ao beijo gay e, bem, a série Aline trata sobre uma, digamos, suruba entre jovens, ou seja, algo bem mais atual que essa prática sexual.

Será que as pessoas realmente se assustariam caso o tema sexo fosse escancarado ou seria um fenômeno de audiência? Eu fico com a segunda opção e, quer saber? Até quem critica estaria ali, na surdina conferindo o programa.

Aliás, é preciso virar o disco, a sexóloga Laura Muller já deve estar cansada de responder que mesmo em uma piscina é preciso usar camisinha.

É hora da revolução sexual na TV, já!

Sexo na TV: e não estou falando de pornografia.

Posted: 05 Feb 2011 12:00 PM PST

Sexo é a fonte de prazer e discórdia para a humanidade. Algo tão importante e além dos fins bíblicos da procriação que a cada dia se torna mais polêmico devido ao tempo que ocupa na mídia. Curiosamente, embora tenha um espaço muito claro na ficção e nos realities shows e em seu habitat natural em canais pagos e filmes da madrugada, pouco havia uma forma de se falar sobre isso.

Aparentemente as emissoras estão tentando compensar este vazio. Alguns envolvendo educação, já outros entretenimento: cada um a seu modo. O primeiro que assisti veio justamente da Globo, acusada de ser ferrenha no uso deste recurso em sua programação. Lá, o diálogo foi aberto no "Altas Horas" com a participação da psicóloga e educadora sexual Laura Muller respondendo às dúvidas do público.

Sim: apenas um quadro, com o tempo breve, mas de qualquer forma muito interessante e instrutivo que faz sucesso suficiente para ter longevidade. Talvez essa coisa breve tenha encorajado a alta cúpula a permitir que um programa com tal temática esteja no ar: "Amor e Sexo", apresentado por Fernanda Lima. Mais entretenimento que educação embora ainda um pouco inocente por sua proposta. Talvez ainda estejam engatinhando, em busca de um público e de formato mais adequado.

Com a internet descobri a existência de outro programa com formato bem mais informativo por assim dizer. O "Falando sobre sexo" é exibido em uma emissora menor, a Gazeta, cuja programação permanece longe das grandes brigas por audiência. Lá, à meia noite de sexta, a psicóloga e especialista em sexologia Carla Cecarello apresenta seu programa em um cenário simples e indo direto ao assunto e sem usar lá as meias palavras ao qual estamos acostumados. Sua fala tem um caráter tão didático que há algum tempo um dos seus vídeos virou um hype devido às suas dicas sobre sexo anal.

Não sei se dá  para afirmar que isso representa uma evolução em termos de programação. O assunto é complicado e obrigatoriamente reservado a um certo limbo dentre os horários e cá pra nós nem dá pra ser de outro jeito. Agora a questão é a durabilidade: o público costuma ser avesso a certos assuntos. Até onde se pode evoluir e garantir que o assunto sexo não se refira apenas a aqueles famosos canais pagos ou a certos filmes da madrugada cujo nome me persegue?

Alguém se habilita a uma resposta?

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* Perfil: Emanuelle Najjar - Jornalista, formada pela FATEA em 2008, pesquisadora da área de telenovelas. Editora do Limão em Limonada (limaoemlimonada.com.br)

A TV ainda não descobriu como falar sobre sexo

Posted: 05 Feb 2011 09:00 AM PST

 *Por Wander Veroni 

Até parece piada ou uma reclamação rabugenta falso-moralista. Mas, infelizmente a TV ainda não descobriu a melhor maneira de falar sobre sexo. Ao longo dos anos, alguns programas conseguiram a façanha de pelo menos instigar o debate, mas não passou disso. As atrações – até então produzidos pela TV aberta, em especial, sempre ficam entre a baixaria, a superficialidade ou o escracho.

Recentemente, a TV Globo estreou a segunda temporada de "Amor e Sexo", apresentado por Fernanda Lima. A atração que é baseada quase que totalmente em um game feito no auditório poderia explorar – de uma maneira mais caprichada, os mais variados assuntos ligados à sexo, erotismo e sexualidade, até porque o horário depois do Big Brother Brasil já permite isso. Mas, não: o programa fica apenas na gincana e nas intervenções da platéia boa parte de sua duração. Com o formato leve, "Amor e Sexo" poderia passar numa tarde de domingo, por exemplo, pois não vai além. É limitado. Peca por ser superficial e não investir em conteúdo jornalístico ou em debates com especialistas/personagens.

Há quem goste de "Amor e Sexo" do jeito que está. Prova disso é que a atração foi bem na audiência da estreia da segunda temporada e conquistou uma média de 19 pontos e 37% de share, superando a de 2009, que obteve 18 pontos. O programa que teve a participação de Cléo Pires e Malvino Salvador apostou em novos quadros como GayMe, Jogo de Cama e Sexo Selvagem.


Muitos executivos da emissora carioca ficaram temerosos com a aceitação de "Amor e Sexo". E mesmo com o resultado positivo, a própria direção da atração já declarou à imprensa que o objetivo não é escancarar o assunto, mas apenas mostrar que sexo pode ser tratado com "leveza". Sim, a ideia é muito interessante e o programa tem os seus méritos. Mas ainda insisto, poderia ser melhor e ter nem que seja um quadro mais jornalístico/informativo sobre o tema.

Ao forçar a memória, lembro-me de dois programas que foram muitos felizes ao tratarem do tema sexo e tiveram bastante repercussão enquanto estiveram no ar. O primeiro é o "Erótica MTV", que conseguia a façanha de fazer com que o jovem tivesse um espaço na TV para tirar as suas dúvidas, de um modo mais informal, mas nem por isso menos informativo. Já do outro lado do iceberg, a titia Monique Evans comandava, logo no início da RedeTV!, o "Noite Afora". Mais escrachado e focando no lado talk show, a Titia fazia entrevistas do arco da velha sobre sexo com personalidades, tratava de erotismo, mas sempre com um lado muito bem humorado que faz falta na telinha até hoje.

Com tanta pressão do Ministério Público com a classificação indicativa de horário para cada atração correspondendo a uma determinada faixa etária, parece que os diretores de TV tem medo de inovar e criar programas ou quadros que tratem o sexo de uma maneira digna, que não seja superficial, nem vulgar. As novelas, os filmes, a internet, os reality shows e os programas de auditório dominicais conseguem falar mais de sexo do que o "Amor e Sexo". Assim fica difícil....não há remedinho azul que agüente...rs

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*Autor: Wander Veroni, 26 anos, é jornalista pós-graduado em Rádio e TV, ambas formações pelo Uni-BH. É autor do blog Café com Notícias (http://cafecomnoticias.blogspot.com). Twitter: @wanderveroni / @cafecnoticias.  

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