domingo, 27 de fevereiro de 2011

cenaaberta.com

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O Brasileirão, Globo X Record e o #chupa

Posted: 26 Feb 2011 05:00 PM PST

Desde que desistiu de ser uma TV séria e, portanto, abandonou o projeto de "TV de primeira" pelo de audiência fácil a Record tem tentado de todos os modos ser a Globo.

Não contente em contratar ex-profissionais da casa, deixar o logotipo de seu principal telejornal e GC´s das sessões de filmes parecidos com os da poderosa, dentre outras coisas, agora quer também as competições esportivas.

Quer dizer, talvez nem queira, pode ser que o intuito seja apenas inflacionar o mercado e causar dor de cabeça naquela que julga ser sua "maior concorrente" - sequer percebe que na verdade continua concorrendo com o SBT.

Aliás, estão buscando aquilo que tanto criticam na Globo: o monopólio. As transmissões que compram não dividem com as concorrentes, ou seja, pimenta no dos outros é refresco.

A questão é que a emissora do bispo, crente que iria abalar o canal dos Marinho quando estava prestes a levar pra casa o Campeonato Brasileiro, sequer imaginou a tremenda novela mexicana que isso iria virar e, muito menos, que os principais times do país iriam dar uma banana para o Clube dos 13 por preferirem continuar com suas partidas sendo transmitidas pela Globo que já tem toda uma estrutura.

É tipo um #chupa bem dado.

E eu acho duas coisas:

1- A Band sempre transmite as mesmas partidas da Globo e, combinemos, se o telespectador estivesse assim tão de saco cheio da Globo a audiência da Band não seria tão insignificante - e isso acontece em todas as demais transmissões em simultâneo, sejam esportivas ou não.

2- A Record ainda não entendeu que pode até querer ser a Globo, mas uma empresa sem identidade não tem valor. É apenas mais uma.

E aguardemos o final dessa novela, promete fortes emoções.

Brasileirão: olha o novelão aí, minha gente.

Posted: 26 Feb 2011 01:00 PM PST

Ok, não sou lá muito chegada a futebol, mas já que ele se tornou o tema do Ponto de Vista essa semana é hora de dar um pouquinho de atenção a ele. Quer dizer, mais atenção à polêmica do que para o futebol em si. Essas negociações das emissoras de TV pelos direitos de imagem do Brasileirão 2012, 2013 e 2014 anda deixando muita gente de cabelo em pé...

Digamos que a briga esteja acirrada depois que a Globo caiu fora das negociações e alguns times importantes deixaram o Clube dos 13 para atuarem de forma isolada. A ideia dos desertores seria a busca do que chamam de um novo formato de negociação, mais vantajoso para ambos os lados em detrimento de uma tentativa de negociar com maior transparência, onde as emissoras teriam chances iguais.

A igualdade sempre foi muito cobrada e desta vez estaria em voga, afinal seria a primeira negociação onde - segundo a Folha Online - não haveria mais a tal "cláusula de preferência", permitindo à Globo tomar conhecimento de outras proposta feita pelo torneio e igualar esse valor.

Resultado? A Globo, que afirmou não ter condições de fazer frente a proposta da Record, procurará os dissidentes para negociar de forma isolada. A decisão surpreendeu a entidade já que segundo ela a vênus platinada esteve presente em todas as prévias que envolveram a novo formato. Sem contar que a ideia de procurar diretamente os clubes significaria ir contra acordo firmado no ano passado com o CADE (Conselho Administrativo de Defesa Econômica).

Resumindo: o circo está armado já que com tantos times abandonando o barco, o Clube dos 13 correria sério risco de acabar. Corinthians foi o primeiro a sair, e Logo depois foi vez do Coritiba, Grêmio, Goiás e Vitória. E parece que tem mais gente vislumbrando uma saída à francesa.

Como telespectadora, não penso que a ideia de ver os jogos mudando de canal sejam lá grande coisa. Interessante em termos de horário, já que muitos não tem condição de assistir no horário escolhido pela global, que prioriza a grade de telenovelas da casa.

Para os anti-Globo ou anti-Record, ou anti-Clube dos 13, a guerra é interessante, já que dá pra denegrir qualquer um por qualquer argumento, mas francamente me importo mais em saber qual time de narradores e comentaristas semideuses terei de aturar ecoando pela sala em alto e bom som.

Sabe como é: não ligo pra futebol, mas como todos os vizinhos gostam e vestem a camisa, fica complicado ser impassível, ainda mais com fogos de artifício pipocando durante as partidas mais importantes...

Então, resta aguardar os próximos capítulos desse novelão arrebatador rumo a resposta para a pergunta que mais interessa: qual comentarista terá a honra de detonar os tímpanos do telespectador com tanta bobagem nos próximos anos?

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* Perfil: Emanuelle Najjar - Jornalista, formada pela FATEA em 2008, pesquisadora da área de telenovelas. Editora do Limão em Limonada (limaoemlimonada.com.br)

Brasileirão gera guerra entre as TVs e times de #futebol

Posted: 26 Feb 2011 10:00 AM PST


*Wander Veroni 

O futebol, um dos esportes mais lucrativos em termos de retorno publicitário, tem sido alvo disputa entre as principais emissoras de TV aberta do Brasil. Tudo começou quando o famoso Clube dos 13 (C13) – entidade que organiza a venda dos direitos de transmissão, abriu uma licitação para escolher a emissora que teria os direitos do Campeonato Brasileiro, mais conhecido como Brasileirão, de 2012 a 2014. Rapidamente, Globo, Record, Band e RedeTV! Também manifestaram interesse pelo campeonato.

A Rede Globo, que exibe o torneio há anos com exclusividade, também apresentou a sua proposta. Alguns dizem que até o SBT esboçou interesse, mas logo desistiu devido o alto valor que estava em jogo. RedeTV! e Band, apesar de também estarem no meio do furacão, são as mais humildes na disputa e topam compartilhar a exibição, independente de quem ganhar a exclusividade. Além da Globo, ESPN, Oi e Telefônica mostraram interesse no cabo e no pay-per-view do Campeonato Brasileiro. Já os portais GloboEsporte.com, Terra, iG, Oi e UOL pleiteiam os direitos do Brasileirão para a internet.

Mas o que tem chamado a atenção dos clubes, dos críticos de TV e, principalmente, do público, é a agressividade da Record em se posicionar diante do campeonato. Colocou na mesa um valor muito mais alto do que o do mercado e ainda ofereceu espaço midiático para os clubes nos veículos que compõe a sua rede. Há quem diga que até um programa na Record News. Coisa que a Globo já oferece, mas em proporções ainda mais megalomaníaca. Mesmo diante de uma proposta tentadora, o C13 se viu em um racha. Botafogo, Corinthians, Coritiba, Flamengo, Fluminense e Vasco da Gama abandonaram a entidade e disse que vão negociar os seus direitos de imagem diretamente com as emissoras de TV interessadas ou via Confederação Brasileira de Futebol (CBF). E a lista tende a aumentar: Santos, Palmeiras, Portuguesa e Cruzeiro devem abandonar o C13 em breve.

Segundo a reportagem de Eduardo Ohata e Martín Fernandez, publicada no jornal Folha de São Paulo (aqui), "a debandada se deu no mesmo dia em que o C13 preparou o edital que nortearia a negociação do próximo contrato de transmissão do Brasileiro, no triênio 2012-2014. O Campeonato Brasileiro deste ano não muda: será transmitido por Globo, Band e Sportv. Para o ano que vem, os dissidentes acenam com a criação de uma liga, sem os clubes do C13. A ideia tem a simpatia da CBF, que desde o ano passado é inimiga do Clube dos 13, mas ainda é embrionária ".

Mesmo sendo a favor da pluraridade da informação, o jornalista Juka Kfouri, em sua coluna na Folha de S. Paulo e na Rádio CBN (aqui), criticou o fato da Record usar o dinheiro "dos fiéis da Igreja Universal do Reino de Deus (Iurd)" para engrossar a oferta pelo Brasileirão e, desse modo, provocar um racha no Clube dos 13, fazendo que alguns times "não querem saber de mudanças e preferirem ficar na Globo". No meio desse fogo cruzado, o telespectador-torcedor sofre e fica refém do monopólio. Quantas vezes, a Globo não exibiu um jogo para uma determinada praça por conta de um horário mais cedo ou que o horário coincide com as partidas "mais importantes"? Alguns podem dizer que a TV Paga seria a solução, mas além de ter que pagar a assinatura para uma operadora é também exigido que o cliente compre o payperview de determinadas partidas. Ou seja, o público paga duas vezes por um serviço que em tese ele teria numa única tacada. É algo a se pensar...

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*Autor: Wander Veroni, 26 anos, é jornalista pós-graduado em Rádio e TV, ambas formações pelo Uni-BH. É autor do blog Café com Notícias (http://cafecomnoticias.blogspot.com). Twitter: @wanderveroni / @cafecnoticias.

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